Depois de três anos no prejuízo, Badesul apresenta resultados positivos, com um lucro líquido de R$ 14 milhões em 2017

FONTE O SUL//O presidente em exercício do Badesul, Paulo Odone, ao lado da ex-presidente Susana Kakuta, atualmente secretária de Minas e Energia do RS, ao lado da diretoria da instituição, apresentaram ao mercado o balanço de 2017 do Banco, com um lucro líquido de R$ 14 milhões de reais, revertendo para o lado positivo o resultado final dos números de 2016, quando foi registrado um prejuízo líquido de R$ 66 milhões de reais. O patrimônio líquido do Badesul alançou R$ 686,9 milhões em 2017.

Segundo Paulo Odone, o resultado positivo foi devido a “medidas austeras que foram tomadas”, incluindo plano de demissão voluntária, despesas coletivas “e trabalho duro, porque se não fizéssemos tudo isto, não sairíamos da situação constrangedora que estávamos”. Paulo Odone complementa que a adoção de diretrizes estratégicas da instituição exigiu muito trabalho e comprometimento da diretoria e dos colaboradores. “Revertemos uma situação adversa e continuamos focados em contribuir pra o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul, colaborando com a geração de empregos e renda no Estado”.

Susana Kakuta reiterou que o resultado foi fruto de “muito esforço”. Em 2015, quando ela assumiu a presidência do Banco, o prejuízo projetado era de R$ 54 milhões de reais. “A situação nos levou, desde o início, a ter um plano para sanear o Badesul”, aponta Kakuta.

Este plano foi calcado em três pilares. Reestruturação institucional foi um deles, com a adoção de um sistema de governança, imposto inclusive pela lei das estatais. Um segundo pilar foi o controle de receita e despesa. “Avançamos de forma significativa na manutenção das despesas operacionais, incluindo despesa de pessoal com redução significativa”. Um terceiro ponto foi a reestruturação dos ativos do Badesul que envolveu três outras frentes de trabalho.

Susana Kakuta aponta que uma delas foi a redução da dependência do BNDES, lembrando que em 2015 o Badesul foi bloqueado pelo BNDES como agente repassador. Em 2017, mesmo com o retorno do BNDES no cenário da instituição, a dependência não se tornou significativa. A busca de recursos próprios foi um dos caminhos adotados, incluindo hoje a Caixa Econômica Federal (Programa Avançar Cidades), o Ministério do Turismo (Fundo geral de Turismo) com a conquista ainda do Finepe para financiamento público.

Como segundo caminho adotado, ela mencionou a recuperação dos credores inadimplentes. “Cerca de R$ 200 milhões de reais foram renegociados e com resultados, o que representa 10% de ativos totais do Badesul”. A mudança do perfil da instituição foi outro ponto, com financiamentos concedidos em volumes menores e para um maior número de clientes. (Clarice Ledur)

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