Governo do estado fecha seis escolas por queda no número de estudantes em Porto Alegre.

FONTE G1//A Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira (22) o fechamento de seis escolas de ensino fundamental da rede estadual em Porto Alegre. As escolas Alberto Bins, Benjamin Constant, Oswaldo Aranha, Doutor Miguel Tostes, Marechal Mallet e Plácido de Castro não receberão novas matrículas. Os 456 estudantes destas escolas serão remanejados para outros colégios para o ano letivo de 2018.

A medida ocorre devido à redução no número de alunos na rede estadual. Segundo o titular da pasta, Ronald Krummenauer, de 1,5 milhão de matriculados há 15 anos, a quantidade baixou para 900 mil. A rede estadual conta com 2.545 escolas. A secretaria cita a diminuição na taxa de natalidade como motivo para esta redução. Nas cidades do interior, não foi anunciada nenhuma medida de redução.

Além disso, critérios como localização e demanda por matrículas também foram consideradas, segundo a pasta, que já vinha adiantando a possibilidade desde o início do ano.

Por isso, o fechamento das escolas é parte de uma reestruturação da rede, assegura Krummenauer. “A partir da necessidade de uma infraestrutura menor, estamos realizando o melhor aproveitamento da estrutura e dos profissionais. Qualificando a gestão, os maiores beneficiados serão os alunos, pois terão oferta de vagas em locais de qualidade”, explicou.

Os professores e diretores também devem ser remanejados para outras escolas, segundo a secretaria. No ano passado, três escolas foram fechadas. Ao longo de 2016, foram 17. E em 2015, 16 escolas foram fechadas.

Os prédios das escolas que ficarão vazios terão dois destinos: os do estado poderão ser utilizados pelos demais órgãos estaduais que hoje funcionam em espaços alugados, e os que são de propriedade do município serão devolvidos e funcionarão como escolas de Educação Infantil.

O sindicato que representa os professores estaduais, o Cpers, é contra a medida, segundo uma das diretoras da entidade, Sandra Regio. “O número de alunos realmente vem diminuindo, mas isso não é motivo para fechar escolas”, diz ela, apontando que as escolas com menos alunos poderiam implemetar projetos de turno integral, ao invés de serem fechadas. “Às vezes, a escola é o que centraliza uma comunidade”, comenta Sandra.

O Cpers monitora o fechamento das escolas e levará o assunto para uma audiência com a Secretaria Estadual da Educação, prevista para esta semana, ainda sem data confirmada. Sandra afirma que ainda não recebeu nenhuma manifestação das comunidades escolares atingidas pelas medidas. Também não houve comunicação oficial por parte da secretaria sobre os fechamentos.

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