Grêmio vence Atlético PR e segue no G4
em Arthur, seria natural que o Grêmio encontrasse dificuldade no passe e no domínio territorial com o qual costumava dar, em seus melhores dias, o abraço da jiboia no adversário. Renato Portaluppi foi o primeiro a se confessar surpreso pela resposta positiva no primeiro jogo em que não contava com seu melhor passador no meio-campo. A compensação encontrada pelo treinador teve êxito total. O Grêmio, de verdade, jogou com um volante só, Cícero. Maicon, surpresa da noite, atuou como meia de ligação e fez enorme atuação. Chutou no gol, deu assistência, se movimentou nos 30 metros próximos ao gol do Atlético-MG e só saiu por cansaço.
A queda no volume de troca de passes restou imperceptível. Embora o Grêmio tenha marcado os gols da sua vitória só no segundo tempo, o merecimento já existia no primeiro. Não se pode deixar de registrar a pobreza franciscana do Atlético-MG em sua estratégia de jogo. Em 90 minutos, deu um chute na direção do gol aos 21 minutos do segundo tempo. Queria jogar por uma bola, nunca esteve perto de construir esta possibilidade. Muito por conta da ótima atuação gremista, mas também porque apequenou-se na intenção da tal uma bola que nunca veio.
André precisa fazer gol, fez. Antes, jogava bem, só que não estava no tempo da bola que mais de uma vez cruzou a pequena área do outro. Já constava 1×0 no placar quando o centroavante, enfim, recebeu cruzamento de Léo Moura no lugar e na hora certa. De agora em diante, livre dos tijolos que carregava nas costas pela ausência do gol, André deverá crescer de produção. Ainda houve Douglas e Marinho entrando para receber o carinho do torcedor e, parte menos nobre da história, para provar que ambos podem ser úteis ao Grêmio na hora de mudar o jogo. Como planos B e C, ótimo. A qualquer tempo, entram em plano A e o Grêmio estará bem servido.
