O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participam de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto

Bolsonaro diz que cobrança sobre mortes por coronavírus precisa ser feita a governadores e prefeitos

FONTE: O SUL

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (29) que a cobrança sobre as mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil deve ser feita a governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento para tentar conter o contágio pela Covid-19.

Bolsonaro também disse que os países que adotaram o chamado isolamento horizontal, mais abrangente e que não inclui apenas pessoas que têm mais risco de desenvolver complicações pela doença, registram maior número de mortes por coronavírus. Ele deu as declarações na saída do Palácio da Alvorada um dia após receber duras críticas por ter respondido “e daí?” ao ser perguntado por jornalistas sobre o fato de o número de mortes por Covid-19 no Brasil ter superado o registrado na China, onde a doença surgiu.

“O Supremo decidiu que quem decide essas questões [de combate ao coronavírus] são governadores e prefeitos. Então, cobrem deles. A minha opinião não vale. O que vale são os decretos dos governadores e prefeitos”, afirmou Bolsonaro nesta quarta, ao lado de deputados aliados e diante de apoiadores.

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) a que Bolsonaro se refere foi tomada no início de abril pelo ministro Alexandre de Moraes e determinou que o governo federal não pode derrubar decisões de Estados e municípios sobre isolamento social, quarentena, atividades de ensino, restrições ao comércio e à circulação de pessoas, adotadas durante a pandemia do novo coronavírus.

“Questão de mortes: a gente lamenta as mortes profundamente. Sabia que ia acontecer, tá? Agora, quem tomou todas as medidas restritivas foram os governadores e prefeitos”, disse. “Eu, desde o começo, me preocupei com vida e com emprego. Desemprego também mata. Então, essa conta [das mortes por Covid-19] tem que ser perguntadas para os governadores”, declarou o presidente.

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