Mais de 1.300 policiais participam de megaoperação contra facção criminosa gaúcha

FONTE: O SUL

As primeiras horas desta terça-feira (19) foram marcadas por intensa movimentação policial no Rio Grande do Sul para a realização da Operação Kraken em cerca de 40 municípios do Estado e de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

O expressivo contingente para as diligências na Região Metropolitana de Porto Alegre foi reunido em um amplo espaço na Capital para garantir o necessário sigilo da investida. A ação, considerada uma das maiores mobilizações policiais já deflagradas no Estado, partiu de uma investigação da 1a Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, que identificou um vultoso esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado gaúcho.

Valores obtidos a partir do tráfico de drogas e crimes patrimoniais (roubos, latrocínios etc.) eram maquiados e investidos de forma empresarial por uma facção gaúcha, com sede no Vale do Sinos, que também atua em outros Estados e possui ligações internacionais.

“A investigação se concentrou nos crimes de lavagem e ocultação de bens e valores oriundos do tráfico de entorpecentes e alcançou cinco lideranças do grupo criminoso, sendo indiciadas pelo pertencimento à organização”, informou a Polícia Civil.

“Ao longo da investigação, no ano de 2021, a 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul prendeu 102 integrantes da organização criminosa, que atuavam em diversos níveis de comando, desde o chamado vapor, puxador de carro, até alguns gerentes. Além disso, apreendeu mais de 10 quilos de entorpecentes e 11 armas de fogo”, prosseguiu a corporação.

A operação realizada nesta terça contou com o apoio da Brigada Militar, Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), Corpo de Bombeiros, Polícias Civis de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional.

O saldo da Operação Kraken foi o seguinte: 273 mandados de busca e apreensão, 66 ordens judiciais de prisão, 13 presídios objeto de busca e apreensão, uma casa prisional federal com diligência para busca e apreensão, 38 sequestros de imóveis do crime e 102 veículos com decretação de perdimento, o que inclui carros de luxo.

A descapitalização do grupo criminoso teve ainda o bloqueio de 190 contas bancárias e 812 pedidos para quebras de sigilo fiscal, bancário, tributário e bursátil deferidos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.