Número de casos de toxoplasmose chega a 485 em Santa Maria

FONTE G1//O número de casos de toxoplasmose em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, chegou a 485 nesta semana, segundo informam nesta sexta-feira (1) as secretarias municipal e estadual de Saúde. A alta foi menos expressiva que a registrada na semana anterior, quando o total de incidências subiu de 350 para 460. Ainda há 155 casos aguardando resultados de exames.

Entre os pacientes com a doença confirmada, há 41 gestantes. Foram registrados dois óbitos fetais e dois abortos decorrentes da doença, além de dois casos de toxoplasmose congênita.

O surto, confirmado em 19 de abril, já é considerado o maior já enfrentado pelo Rio Grande do Sul na história. As autoridades de saúde ainda não identificaram as causas. Dos 41 bairros da cidade, 35 teve pessoas infectadas.

A incidência é maior na Zona Oeste da cidade. O bairro mais afetado é o Tancredo Neves, com 108 casos, o equivalente a 22% do total.

Dados do boletim
1.176 casos notificados
825 casos suspeitos (485 confirmados, 185 descartados e 155 em investigação)
Toxoplasmose
A toxoplasmose, cujo nome popular é doença do gato, é uma doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos [onde o parasita se desenvolve] provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro; ou por intermédio de infecção transplancentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriam a infecção durante a gravidez.

Sintomas
Em alguns casos os sintomas não se manifestam, mas podem ser:

Febre;
Cansaço;
Mal estar;
Gânglios inflamados.
O período de incubação da toxoplasmose vai de 10 a 23 dias quando a causa é a ingestão de carne, e de 5 a 20 dias quando o motivo é o contato com cistos de fezes de gatos.

Prevenção
A Sociedade Brasileira de Infectologia lista algumas medidas de prevenção:

Não ingerir carnes cruas ou malcozidas;
Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente;
Evitar contato com fezes de gato. As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal). Alguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes;

Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.

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