O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse ser uma “bênção” a investigação sobre suposto caixa 2 para a sua campanha

FONTE: O SUL

O futuro ministro da Casa Civil, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que é “uma bênção” a decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), de autorizar que se investigue as acusações de que ele recebeu dinheiro por caixa dois em campanhas eleitorais.

Em entrevista na terça-feira (04), ele disse que essa será “a chance de resolver” os episódios. “Para mim é uma bênção porque vai permitir que tudo se esclareça. Não tenho nenhum problema com isso. Ao contrário, é a chance de resolver”, disse Onyx.

O futuro ministro do governo de Jair Bolsonaro já chegou a admitir que recebeu dinheiro não declarado da JBS/Friboi para sua campanha em 2014, no valor de R$ 100 mil. Uma planilha entregue pela empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista para o Ministério Público sugere ainda uma segunda quantia de caixa dois, em 2012, de outros R$ 100 mil, esses não admitidos publicamente até o momento por Onyx.

Conforme decisão de segunda-feira (03), Fachin determina a instauração de uma petição autônoma – tipo de apuração preliminar – para averiguar a suspeita de repasses ilícitos durante as campanhas. Conforme a decisão de Fachin, haverá sorteio para decidir qual ministro relatará os casos.

Bolsonaro

Depois de fazer as primeiras reuniões com bancadas de deputados federais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou na terça-feira que não busca apoio dos partidos políticos.

“Não, não existe um alinhamento automático de nenhum partido, não é isso que nós buscamos. Nós buscamos é um entendimento, o que eu tenho falado para eles: eu posso não saber a fórmula do sucesso, mas do fracasso é essa que foi usada até o momento, distribuir ministérios, bancos, para partidos políticos. Essa fórmula não deu certo”, afirmou Bolsonaro ao ser questionado se algum partido já havia declarado que faria parte da base de seu governo.

O presidente eleito recebeu na terça representantes do MDB e do PRB em reuniões no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde funciona o gabinete de transição. Esses foram os primeiros encontros dele com as bancadas partidárias desde que se elegeu presidente. Até então, a estratégia era organizar reuniões por grupos temáticos como a agropecuária e evangélica.

Bolsonaro mudou os planos e decidiu organizar conversas com os principais partidos para conquistar apoio para a aprovação de projetos no Congresso, como as reformas da Previdência e trabalhista, além de pautas ligadas à questão de costumes.

“Conversamos com o MDB e com o PRB, a conversa foi bastante proveitosa. Temos grande identidade naquilo que vamos propor e grande parte foi dito para eles. O apoio vem por aí, eles sabem que nós não podemos errar. Se nós erramos, vai voltar o governo, aqueles que deixaram uma triste história do nosso Brasil”, disse, em referência indireta ao PT, legenda que derrotou na corrida presidencial.

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