Brasília - Entrevista coletiva do presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, no Palácio do Planalto.(Elza Fiuza/Agência Brasil)

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, decidiu não comparecer à cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, de acordo com a imprensa local

FONTE: O SUL

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, decidiu não comparecer à cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, que ocorrerá em Brasília no dia 1° de janeiro, de acordo com a imprensa local.

Macri resolveu prolongar sua estadia em uma província no sul da Argentina, onde passará as festas de fim de ano com sua família, apesar de, na semana passada, o chanceler Jorge Faurie ter confirmado sua viagem ao Brasil, disseram fontes do governo ao jornal argentino “Infobae”.

Com isso, o primeiro encontro oficial entre Bolsonaro e Macri deverá ser adiado, já que o presidente eleito do Brasil também não compareceu à recente cúpula do G20, em Buenos Aires.

Os dois, no entanto, já conversaram em três ocasiões desde outubro, quando o candidato do PSL venceu as eleições. Entre os temas discutidos, estava a dificuldade do Mercosul e da UE (União Europeia) de chegarem a um acordo de livre-comércio.

Fontes do jornal “Infobae” disseram que a ausência de Macri também pode ser interpretada como uma jogada diplomática para que o líder argentino continue mantendo sua influência regional, em vista do encontro de 4 de janeiro, no Peru, quando os chanceleres do Grupo de Lima se reunirão para analisar medidas contra a crise na Venezuela.

Enquanto o futuro governo de Bolsonaro tem o interesse de usar o encontro para mandar uma mensagem mais forte contra o regime de Nicolás Maduro, Macri quer ser o líder da investida.

Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve comparecer à posse de Jair Bolsonaro, na capital federal. A informação foi divulgada pela assessoria do presidente eleito. A presença de Netanyahu poderá representar um reforço nas relações do Brasil com Israel.

Bolsonaro já manifestou a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, um pleito israelense. Até o momento, três países já fizeram a mudança: Estados Unidos, Guatemala e Paraguai.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, afirmou que a mudança está certa, mas falta definir a data e a logística. A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos e israelenses, já que ambos os povos reivindicam o local como sendo sagrado.

Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel e é lá que ficam as representações diplomáticas internacionais.

EUA

Jair Bolsonaro disse que existe a possibilidade de o presidente norte-americano Donald Trump vir à sua posse, o que dependeria de outros compromissos que possam existir no dia 1º de janeiro. “Eu ficaria muito honrado se isso acontecesse”, elogiou.

O presidente eleito também avaliou positivamente o encontro que teve com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton. A reunião durou cerca de uma hora. “Foi mais um passo do Brasil em direção aos Estados Unidos e vice-versa”, comentou o presidente eleito, que pretende ir a Washington para uma visita oficial nos primeiros meses do seu governo.

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